A centenária escola da Vila de Muros, sede da ADVB, acolheu mais um almoço de Natal ( 14/12/2019 ) tendo participado associados e amigos em são convívio e animado espírito natalício presidiu em todos os momentos da confraternização.
Algumas peripécias que aconteceram são, todavia, dignas de menção.
Peripécia um: O celebrado e renomeado poeta Jomaduol e a sua musa inspiradora, Dª Belém, decidiram animar a tradicional troca de prendas fazendo distribuir uns papelinhos ( elaborados com o apoio da EB 2-3 de Cinfães, a quem se agradece, muito em especial à Sónia Botelho ) na que continham palavras alusivas à quadra natalícia, recebendo-se a prenda correspondente à palavra, acrescida de um balão.
Só que para enchimento dos balões, o nosso conspícuo poeta, comprou numa casa da especialidade uma curiosa peça que foi fabricada na longínqua China, embarcou num navio no Mar Amarelo, atravessou o Índico, cruzou ao largo de Zanzibar, viu ao longe a cidade do Cabo, subiu pela costa dos Mosquitos, passou as colunas de Hércules e aportou finalmente em Leixões, seguindo-se a viagem de carro até Cinfães vencendo as curvas que todos nós conhecemos. A peça custou nada mais nada menos que 195 cêntimos, toda em plástico, e foi adquirida com a esperançosa intenção de encher 44 balões à força de conveniente manuseamento. Mas nada! A peça não encheu sequer um balão. O ar saía pelos lados, o balão insuflava e logo perdia o ar, enfim, teve de se encher a sopro os 43 balões restantes já que até o balão experimental a maravilhosa peça o danificou. Foi portanto uma sino-peça caríssima!
Peripécia dois: Estavam já todas as postas de bacalhau no tacho e os comensais preparavam-se para se amesendarem quando, de súbito, falta o gás. E agora! Problema dos grandes. Em Cinfães nenhuma casa vendia aquela marca de gás já que aquela garrafa tinha sido trazida de um concelho limítrofe e com um redutor que só servia naquela marca. Teve de ir o Chef buscar uma garrafa de gás a casa e uma trempe de fogão para se cozer as fiéis postas que prometiam inigualável sabor na sua alvura. Mas quando os convivas cravaram os delicados dentes nas mesmas deram-se conta que o sal do mar era mais que muito e lembraram-se das águas corredias do Bestança onde elas deveriam ter estado a “marinar” uns dias antes de chegarem à baixela daquele nobre almoço. Agarraram-se às pencas e às batatas… e às sobremesas e, entre dentes, parafraseando o poeta, foram dizendo: Ó mar salgado, quanto do teu sal está nestas postas de bacalhau…
Peripécia três: A distribuição de prendas foi precedida de um belíssimo poema da autoria do ínclito poeta Jomaduol que ele próprio começou a dizer, sendo que a segunda parte foi recitada pela menina Elis. Estava ela naquele requebro de voz de melífluo timbre, muito enfática e compenetrada:
“ Das hostes celestiais ribombam éclogas pastoris
De barbas cãs, sentado no trenó, anuncia-se veneranda figura:
Hô, Hô…”
E, nisto, subitamente, quebrando o silêncio atento dos circunstantes e o embalo recital da Elis, a simpática Lolita ( uma cadelinha que tem por dona a Cândida Monteiro ) emite um inusitado som: au, au …
Não sabemos o que significou aquele latido, mas a sala, em uníssono, desatou em risos, risos incontidos e audíveis, expressão genuína de um momento bonito e alegre provocado pela intervenção atenta daquela poética cadelinha!
Caros amigos,
Obrigado a todos os que participaram neste bonito almoço de Natal, nesta linda confraternização que cimenta os laços de cooperação e amizade entre os associados e fortalece a Associação para a Defesa do vale do Bestança. Quando os associados se sentem bem no seio de uma colectividade, essa agremiação só pode ser forte, coesa e ativa.
Um Feliz Natal para todos e um Ano Novo pleno de Prosperidade.
*Seguem-se fotografias que registam um almoço de Natal que será sempre recordado.
