12 setembro 2015
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O rio Ovelha nasce em Aboadela, na encosta de Pena Suar na Serra do Marão, Amarante (próximo ao parque éolico). Desce a encosta no meio de uma paisagem deslumbrante indo fertilizar o vale que abaixo o espera com os seus campos verdejantes. O seu curso de água tem aproximadamente cerca de 32 Km percorridos entre Amarante e Marco de Canaveses. O seu leito recebe o seu liquido precioso de todas as linhas de águas, ribeiros e rios provenientes da sua Bacia Hidrográfica, na qual se destaca parte da Serra do Marão e parte significativa da Serra da Aboboreira. A sua foz localiza-se em Fornos, no Marco de Canaveses desaguando no rio Tâmega. É um veio precioso de água que dá vida à terra e aos homens.
Os amieiros debruçam-se sobre o rio Ovelha e cobrem-no, na Primavera e no Verão, com ramos frondosos.
Essa sombra benfeitora enriquece o teor de oxigénio da água e resguarda-a de se perder por evaporação.
Juntamente com os salgueiros representam as manchas arbóreas mais significativas no interesse de um rio saudável, que lhe dá também a si da sua saúde.As lontras estão no topo da cadeia alimentar, dos nossos cursos de água ainda vivos, a seguir ao ser humano. Há outros mamíferos que também vivem num rio são: a toupeira-de-água e o rato-de-água.
As aves mais avistadas são a lavandisca-limícola, a galinha-de-água e o mergulhão-anão. Tímido, esconde-se o frango-de-água, é mais fácil ouvi-lo. Ao passear atento, silencioso, poderá acabar por ver estas e outras espécies, se os amigos-do-gatilho (que não são os caçadores) não os mataram de susto e os tornaram invisíveis. Entre répteis, as cobras-de-água — nenhuma das duas espécies é venenosa — cumprem o seu papel no equilíbrio do rio, assim como o lagarto-de-água. Destaque para a rã-ibérica, entre anuros, e para tritões e salamandras de variadas espécies.Os insectos estão nas partes mais baixas da cadeia alimentar: libelinhas e escaravelhos-de-água, borboletas e aranhas, entre muitos outros. Todos com um papel importante, repartem desigualmente entre si os afectos humanos.
A “serra” da Aboboreira é um relevo antigo, de configuração subtrapezoidal, constitindo, com o bloco que lhe é paralelo, a “serra”, onde se implanta, imponente, o monte de Castelo de Matos, e a que se encontra ligado, a NE., pelo estrangulamento dos Padrões, o prolongamento mais ocidental da serra do Marão. Com mais de 15 Km de extensão e cerca de 7 Km de largura, desenvolvendo-se segundo a direcção NE.-SO., podemos defini-la pelos vales onde correm subsidiários dos rios Tâmega e Douro: o valo do rio Fornelo (ou Carneiro), apertado e de vertentes muito íngremes, de direcção NO.-SE., claramente de origem tectónica, limita-a a NE.; em vale, também de origem tectónica, a sul e a SE., separando-a da serra do Castelo de Matos, corre-lhe o rio Ovil; e a NO., o Ovelha, afluente do Tâmega, que se liga, em Padronelo, ao Fornelo (ou Carneiro) e, na Várzea, ao rio Marão; na extremidade SO., é contornada pelo Douro, entre Portela e Porto Manso, e pelos vales do rio Juncal (ou Galinhas) e da ribeira da Roupeira, cujos cursos de água, embora correndo em sentidos opostos, em direcção ao Ovelha e ao Douro, respectivamente, têm nascentes próximas e ocupam vales profundos, de vertentes, por vezes, abruptas.
A cumeada da Aboboreira corresponde a um planalto alteado, levemente ondulado, desenvolvendo-se à altitude de cerca de 940 m, com um ou outro ponto elevado, atingindo cotas próximas dos 1000 m; destacam-se os vértices geodésicos de Meninas (965 m), Srº da Guia (957 m) e Abogalheira (960 m), que definem amplas superfícies aplanadas (chãs).
O povoamento da região, de tipo concentrado, fez-se desde longa data, tanto nos vales como no alto da serra, onde as condições para a sobrevivência humana são menos favoráveis, quer pela agressividade dos invernos e dos ventos, frios e cortantes, que sopram do Marão, quer pelas dificuldades de acesso e de subsistência económica. Carvalho de Rei e Castelo, pitorescas aldeias implantadas nas encostas de pequenos outeiros, como Aldeia Nova e Aboboreira, em áreas mais abertas, e outras tantas pequenas povoações – Travanca do Monte, Guarda, Loivos do Monte, Telões, etc.-, habitadas por populações que até há pouco se dedicavam essencialmente ao pastoreio e à agricultura de subsistência, são exemplo da adaptação e persistência humanas.
Os primeiros indícios de ocupação humana da serra da Aboboreira datam de há cerca de 7000 anos.
In www.rioovelha.com – Domingos Cruz “Serra da Aboboreira: a Terra, o Homem e os Lobos”
Programa
- 09:30 – Concentração no centro da cidade do Marco de Canaveses na Av. Gago Coutinho junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses
- 10:00 – Deslocação de carro até à Junta de freguesia de Varzea Aliviada e Folhada para início da Caminhada
- 17:00 – Fim da caminhada
- 18:30 – Jantar convívio no restaurante regional Tasquinha do Fumo em Almofrela – Baião. Gastronomia regional, confecionadas em potes de barro e panelas de ferro. Nesta casa rústica, onde a simplicidade e a genuidade são servidas em doses generosas. https://www.facebook.com/tasquinha.fumo
Percurso
- Iremos percorrer o trilho [PR 6] Aldeias e margens do rio Ovelha feito em rota circular.
- Extensão total : 14 km
- Grau de dificuldade: média
Indicações aos participantes
- Material individual, necessário às condições atmosféricas.
- Condição física e estado de saúde adequado às exigências da caminhada.
- A ADVB declina toda e qualquer responsabilidade, resultante de acidente ou imprevisto que possa ocorrer e afectar algum dos participantes, relativamente a danos corporais e/ou materiais.
Agradecimentos à secção de pedestrianismo da Associação dos Amigos do rio Ovelha. – www.rioovelha.com